sábado, 3 de setembro de 2011

Mar de lágrimas

Despenquei em um mar abarrotado por gotas salgadas. Até onde meus olhos chegavam, de lágrimas. Abrí-los lá embaixo era certeza de mais ardor, presenteando o mar com embrulhos fartos de lágrimas. Muitos, muitos sais. Demais. Os mais fortes. Chegava a ser branco e Vermelho. Sim.  Meu corpo replicava, queimando. As imagens tristes da queda expulsaram meus olhos de mim.
Nunca, nunca vou abrir os olhos.
Apareci aqui depois de o céu me tombar. O mar entrou na briga, aliviando um tanto minha alma - agradeci, depois de ver os chãos grossos e pontiagudos da terra seca sucumbirem com a queda. Agora é só passar noites certas de empuxo e melancolia. É apenas isso. Vou dar um inverno para o mar... ou o céu ou o inferno.