domingo, 7 de agosto de 2011

Outono de penas


As penas foram se soltando uma a uma. Transformando, junto com o tempo, o céu num verdadeiro outono de penas. Uma festa triste de plumas brancas, soltas, todas dançando valsa com o vento. Justiça para as vitoriosas! Quando eu, o pivor, me acabei, elas se libertaram com força, com vontade. Vontade de me ver despencando da imensidão.
Braços quase nus agora.
Apenas sentí-los. Quase não usei meus olhos - eles estavam secos de vento. É melhor deixá-los fechados agora. Espero que lá embaixo tenha um colchão de todas as cores, de orquídeas ou margaridas.